sexta-feira, 23 de julho de 2010

Férias

Parto no fim do dia de hoje para uma semana de maravilhosas férias. Ok, não poderei sair de casa, vou desdobrar-me em consultas e em assistência à família, mas não estar aqui é maravilhoso, como se este local fosse o próprio Inferno – e será, um dos diversos infernos que, humanos, somos peritos em construir.

O que me deixa de rastos é esta impotência. Este não ser capaz de encontrar uma solução. Não conseguir sair daqui porque neste país já sou velha. E depois, não tenho o mínimo jeito para empreendedora – capitalista ou sei lá como chamar a isso. Já tentei. Não para ser rica, só mesmo para comer e dar de comer ao meu filho, dormir, e passear de borla na praia. Mas não consigo, não sou capaz. O dinheiro foge-me a sete pés.

Parto no fim do dia de hoje para nove dias seguidos de maravilhosas férias e estas partidas têm sido as melhores coisas deste meu trabalho nestes últimos meses. Eu que sempre me entreguei cem por cento. Eu que sempre tive o hábito e o gosto de trabalhar das nove às nove. Eu que sempre primei por fazer bem, cumprir prazos, dar a melhor imagem das empresas que tenho representado.

(Hummm será que Deus me está a castigar por defender quem usa e abusa dos outros?)

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